O Projeto Educativo

Epíteto:

“O problema de aprender é o problema de gostar. E depois imaginar para conhecer. Se calhar é quase assim: a Escola pensa-se e sente-se. A Escola pensa-se no que aparece de concreto, branco no preto da ardósia grande, no espaço em quadrícula do papel de contas, nas letras do livro estampado na tipografia da esquina. E depois sente-se: no coração rapidinho a bater no primeiro dia, no cheiro a novo de cada página aberta para descobrir, no nome do menino que se aprendeu hoje, no sorriso gigante da Professora que não esquece um olhar. Mas pensar e sentir começam pelas nossas coisas: gostarmos de nós, e gostarem de nós. Depois continua nas coisas dos outros, a Mãe, o Pai e o resto: gostarmos dos outros e gostarem de nós (outra vez) no meio dos outros. Só a seguir é que se pode sentir e pensar as coisas da Escola: gostar de saber… para além de nós e dos outros. Aprender, enfim! Como se tudo começasse mesmo pelo verbo gostar: eu, tu, eles.”
(Pedro Strecht, Para uma escola feliz, 1995, p.49)

Considerações Gerais

A pedagogia defendida por este projecto encontra-se centrada, por um lado, na criança/jovem e por outro, no grupo, na medida em que exige participação, confiança e ajuda de todos os intervenientes no processo, nomeadamente os educadores e os jovens.
Este caminho, visa a enunciação de um objectivo que é agora, e o será cada vez mais, inerente ao serviço que qualquer estabelecimento educativo deve prestar: uma qualidade superior reflectida na formação integral dos jovens que “são a razão de existir a escola”.
A Educação existe para servir os jovens, devendo proporcionar-lhes não só a “instrução formal” mas também um conjunto de saberes que mais tarde lhes permita ”saber estar” em consonância com o “saber fazer”.
Numa tentativa de definir a vida educativa da “Caixa de Pandora” considerámos que esta deveria de se reger pelos seguintes princípios orientadores:
A qualidade do serviço educativo prestado à comunidade, deverá estar presente em todas as atividades oferecidas;
Os princípios, os valores, as metas e as estratégias, segundo as quais, a Caixa de Pandora se propõe cumprir a sua função educativa, deverão estar contidos num documento escrito de gestão central;
Para que este serviço educativo esteja em seguimento da Lei de Bases do Sistema Educativo – Lei nº 46/86 de 14 de Outubro – a política educativa a desenvolver deverá ser orientada em torno de quatro princípios de força: democratização, descentralização autonomia e participação.